A
tenda de 400 metros quadrados, montada ao lado da
Aiba, que por 18 anos foi o seu endereço mais
constante, ficou pequena para tanta gente que veio
de toda a região, e de fora dela, prestigiar
o empresário Humberto Santa Cruz, na cerimônia
em sua homenagem, realizada no dia 5 de fevereiro,
em Barreiras (BA). Do comércio exportador,
estiveram presentes Antônio Esteve, Jorge Esteve
e Guilherme Braga. O evento expressou o reconhecimento
de anônimos e famosos à dedicação
do líder do agronegócio e à sua
devoção à causa dos produtores,
importantes para consolidar não apenas o cerrado
baiano, mas um perfil específico, moderno e
empreendedor, de se pensar a atividade agrícola.
O reconhecimento do trabalho de Humberto ao longo
do tempo em que ficou à frente da Aiba conseguiu
fazer coincidirem os depoimentos não apenas
entre produtores e representantes da entidade, como,
também, entre personalidades que, na maioria
das vezes, têm opiniões divergentes.
“Tenho certeza de que, assim como na Aiba e
na sua atividade empresarial você teve competência
para fazer bem feito e para brilhar, ajudando a organizar
os produtores do Oeste baiano, você também
terá sucesso em sua nova missão”,
disse Jaques Wagner. E completou. “Da mesma
forma que, na Aiba, você contou comigo como
ministro e como governador na defesa da causa dos
produtores, também na Prefeitura de Luís
Eduardo Magalhães contará comigo para
fazer mais pelo povo dessa terra”.
Aos produtores o governador alertou que “o mais
importante é que a unidade e o trabalho coletivo
continuem porque são a força do agronegócio
baiano”.
Em seu depoimento, Paulo Souto lembrou que conheceu
Humberto primeiro como empresário, à
frente da Fazenda Agronol, um dos projetos pioneiros
de fruticultura irrigada da região. “Depois,
como dirigente da Aiba, essa entidade que começou
como uma associação de irrigantes e
depois se transformou na verdade em uma entidade representativa
de toda a agricultura no Oeste da Bahia. Nessa oportunidade,
pude vê-lo como um dirigente muito moderno,
absolutamente preocupado com as questões da
classe que ele representava e com o desenvolvimento
regional. Tenho certeza de que esse período
em que ele esteve à frente da Aiba foi extremamente
produtivo para todo o agronegócio da região,
que deve muito a ele”, afirmou Paulo Souto.
Pioneiros
Os
testemunhos de Wagner e Souto, dentre outros, como
o Diretor de Negócios do Banco do Nordeste,
Paulo Sérgio Ferraro, e do diretor Financeiro
da Aiba, Raul Botelho, fizeram parte de um vídeo
chamado “Homenagem a um Pioneiro”. A peça
alternava fotos de momentos históricos da Aiba,
nos quais Humberto esteve sempre presente, com o depoimento
de amigos, produtores, funcionários da entidade
e autoridades, com quem Humberto, por diversas vezes,
se reuniu para defender os interesses da região.
Emocionado, Santa Cruz não conteve as lágrimas
em alguns momentos, ao assistir ao vídeo, como
quando ouviu o depoimento do amigo e produtor Amadeu
Pompeu. Com 82 anos atualmente, Pompeu foi um dos
pioneiros da região, e lembrou as dificuldades
que os fundadores, como ele e Humberto, enfrentaram
no desbravamento do cerrado e de como a amizade entre
todos os que acreditavam no lugar foi importante para
ver o que é hoje o Oeste da Bahia.
Bem
comum
Em seu discurso, totalmente improvisado, Humberto
só agradeceu. Fez questão de ler um
por um os nomes dos primeiros membros da Aiba, muitos
dos quais presentes na cerimônia. “Procurei
pautar minha vida no bem comum, lição
que aprendi em casa. Faria tudo igual novamente se
tivesse chance. A gente constrói, com acertos
e desacertos, mas sempre procurando buscar o que acreditamos”.
Agradeceu ainda a três mulheres especiais: sua
mulher, Maira, sua Mãe, Maria Amélia
Santa Cruz, e sua “babá”, Rita
da Silva. Todas na cerimônia, e, segundo ele,
responsáveis diretas pela construção
do seu caráter. Agradeceu ainda ao presidente
da Associação Baiana dos Produtores
de Algodão, João Carlos Jacobsen, que
assumiu interinamente a entidade no período
de três meses em que ele precisou se afastar
da direção por conta do seu projeto
político.
Humberto Santa Cruz recebeu uma placa das mãos
do amigo e vice-presidente da Aiba, Sérgio
Pitt, na qual estava escrito “Não haveria
uma placa, em tamanho e nobreza, capaz de registrar
tudo o quanto o Oeste da Bahia deve a você.
Assim, sintetizamos o nosso respeito, admiração
e gratidão em uma só palavra: obrigado!”
“Humberto imprimiu um estilo e liderou o agronegócio
do Oeste com o mesmo nível de empreendedorismo
e arrojo com que gere seus negócios”,
diz Pitt.
|