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Março 2009 - Ano 88 - Nº 829

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A tenda de 400 metros quadrados, montada ao lado da Aiba, que por 18 anos foi o seu endereço mais constante, ficou pequena para tanta gente que veio de toda a região, e de fora dela, prestigiar o empresário Humberto Santa Cruz, na cerimônia em sua homenagem, realizada no dia 5 de fevereiro, em Barreiras (BA). Do comércio exportador, estiveram presentes Antônio Esteve, Jorge Esteve e Guilherme Braga. O evento expressou o reconhecimento de anônimos e famosos à dedicação do líder do agronegócio e à sua devoção à causa dos produtores, importantes para consolidar não apenas o cerrado baiano, mas um perfil específico, moderno e empreendedor, de se pensar a atividade agrícola.

O reconhecimento do trabalho de Humberto ao longo do tempo em que ficou à frente da Aiba conseguiu fazer coincidirem os depoimentos não apenas entre produtores e representantes da entidade, como, também, entre personalidades que, na maioria das vezes, têm opiniões divergentes.

“Tenho certeza de que, assim como na Aiba e na sua atividade empresarial você teve competência para fazer bem feito e para brilhar, ajudando a organizar os produtores do Oeste baiano, você também terá sucesso em sua nova missão”, disse Jaques Wagner. E completou. “Da mesma forma que, na Aiba, você contou comigo como ministro e como governador na defesa da causa dos produtores, também na Prefeitura de Luís Eduardo Magalhães contará comigo para fazer mais pelo povo dessa terra”.

Aos produtores o governador alertou que “o mais importante é que a unidade e o trabalho coletivo continuem porque são a força do agronegócio baiano”.

Em seu depoimento, Paulo Souto lembrou que conheceu Humberto primeiro como empresário, à frente da Fazenda Agronol, um dos projetos pioneiros de fruticultura irrigada da região. “Depois, como dirigente da Aiba, essa entidade que começou como uma associação de irrigantes e depois se transformou na verdade em uma entidade representativa de toda a agricultura no Oeste da Bahia. Nessa oportunidade, pude vê-lo como um dirigente muito moderno, absolutamente preocupado com as questões da classe que ele representava e com o desenvolvimento regional. Tenho certeza de que esse período em que ele esteve à frente da Aiba foi extremamente produtivo para todo o agronegócio da região, que deve muito a ele”, afirmou Paulo Souto.

Pioneiros

Os testemunhos de Wagner e Souto, dentre outros, como o Diretor de Negócios do Banco do Nordeste, Paulo Sérgio Ferraro, e do diretor Financeiro da Aiba, Raul Botelho, fizeram parte de um vídeo chamado “Homenagem a um Pioneiro”. A peça alternava fotos de momentos históricos da Aiba, nos quais Humberto esteve sempre presente, com o depoimento de amigos, produtores, funcionários da entidade e autoridades, com quem Humberto, por diversas vezes, se reuniu para defender os interesses da região.

Emocionado, Santa Cruz não conteve as lágrimas em alguns momentos, ao assistir ao vídeo, como quando ouviu o depoimento do amigo e produtor Amadeu Pompeu. Com 82 anos atualmente, Pompeu foi um dos pioneiros da região, e lembrou as dificuldades que os fundadores, como ele e Humberto, enfrentaram no desbravamento do cerrado e de como a amizade entre todos os que acreditavam no lugar foi importante para ver o que é hoje o Oeste da Bahia.

Bem comum

Em seu discurso, totalmente improvisado, Humberto só agradeceu. Fez questão de ler um por um os nomes dos primeiros membros da Aiba, muitos dos quais presentes na cerimônia. “Procurei pautar minha vida no bem comum, lição que aprendi em casa. Faria tudo igual novamente se tivesse chance. A gente constrói, com acertos e desacertos, mas sempre procurando buscar o que acreditamos”.

Agradeceu ainda a três mulheres especiais: sua mulher, Maira, sua Mãe, Maria Amélia Santa Cruz, e sua “babá”, Rita da Silva. Todas na cerimônia, e, segundo ele, responsáveis diretas pela construção do seu caráter. Agradeceu ainda ao presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão, João Carlos Jacobsen, que assumiu interinamente a entidade no período de três meses em que ele precisou se afastar da direção por conta do seu projeto político.

Humberto Santa Cruz recebeu uma placa das mãos do amigo e vice-presidente da Aiba, Sérgio Pitt, na qual estava escrito “Não haveria uma placa, em tamanho e nobreza, capaz de registrar tudo o quanto o Oeste da Bahia deve a você. Assim, sintetizamos o nosso respeito, admiração e gratidão em uma só palavra: obrigado!” “Humberto imprimiu um estilo e liderou o agronegócio do Oeste com o mesmo nível de empreendedorismo e arrojo com que gere seus negócios”, diz Pitt.

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