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Perspectiva Histórica
Evolução da Produção
Participação do Porto do Rio na Exportação de Café

 

 

 

 

 


Edifício-Sede atual do CCCRJ


 


Secagem do café

 

100 Anos que Fizeram a História
O Café, do Rio para o Brasil e o Mundo
Uma Cidade, uma Baía, um Porto...
A Ousadia Continua
O Orgulho da Grandeza do Café

(continuação)

:. Novos Rumos, do País e do Café

Tanto os anos 50 quanto os 60 marcam uma mudança no comportamento do País e do mundo. A sociedade convive com os rádioteatros e assimila os "jingles" que marcam a promoção de diversos produtos de consumo. Na propaganda, os reclames começam a ganhar técnicas de anúncio. As pessoas aderem ao crediário, e a televisão, preto&branco, passa a fazer parte do mobiliário da sala de estar, enclausuradas em gigantescos móveis de madeira. Na rádiovitrola, tocam os sucessos gravados em long-plays 78 rotações.

É nesse ambiente de modernidade que Juscelino Kubitschek assume a presidência e muda não só a face do País mas a própria capital federal, com a inauguração de Brasília, em 1960, no Planalto Central, que incentivaria o crescimento da região centro-oeste do Brasil.

Paralelamente, o Brasil industrializa-se e o café começava a perder a sua posição de destaque na economia brasileira e no mercado exterior. O IBC cria, nessa época, o Grupo Executivo de Racionalização da Cafeicultura (Gerca), para conter a produção - e o governo passa, então, a promover, a partir de 1961, a erradicação, sem precedentes, dos cafezais não produtivos, de modo a obter melhores resultados na relação custo-benefício. Até o final da década de 60, seriam erradicados 2 bilhões de cafezais.

Para se entender o que acontecia, basta lembrar que em 1960 a exportação mundial de café chegava a 63 milhões de sacas, mas o consumo era de apenas 43 milhões. Os preços registraram, então, queda em todo o mundo, devido à superprodução. Esse fato levou também ao estabelecimento do Acordo Internacional do Café, um instrumento econômico e diplomático criado em 1962, por meio do qual os países consumidores e produtores convieram em manter um sistema de controle da produção e do comércio para adequar a oferta à procura real, visando sobretudo evitar o aviltamento dos preços e a acumulação dos excedentes invendáveis.

Em 1964, as geadas voltam a castigar as lavouras cafeeiras. Nesse mesmo ano, o IBC propõe a formação do Fundo Internacional do Café, com o objetivo de financiar a retenção dos estoques. O Brasil crescia com a construção de rodovias e começa a experimentar o "milagre econômico". É quando a inflação desponta como a vilã das crises econômicas que assustariam e desequilibrariam o País nos anos subseqüentes.

A década seguinte foi a da "rearrumação" da cafeicultura brasileira, em conseqüência de uma geada arrasadora nos principais Estados produtores. Foi também o período em que a produção se expande para a região centro-oeste. Com a redução das colheitas (causada também pela seca), o eixo cafeicultor se desloca para Mato Grosso e Goiás. As lavouras em Minas Gerais e Bahia também entram em expansão. É quando o IBC começa a promover uma política de modernização nas fazendas de café para aumentar a produção, introduzindo novas tecnologias. O preço do produto registra alta. Aumenta a disputa pela oferta de café disponível para formação de estoques, sobretudo por parte dos importadores norte-americanos e europeus.

Os anos 70 marcam também a deflagração de vários projetos de fábricas de café solúvel, atividade que começara em 1965/66. Em 1971, inauguram-se três unidades industriais com capacidade para quase 3 milhões de sacas. Em 1970, a indústria de solúvel representou para o Brasil uma receita cambial de mais de US$ 40 milhões, ou seja, 10% de toda a exportação de manufaturados, situando-se, no que concerne às exportações, como o mais importante setor da indústria alimentícia.


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