(continuação)
Em
1939 estoura a Segunda Guerra Mundial, que duraria
até 1945, e o café brasileiro não
escapa dos seus efeitos. Repetindo o feito de outras
décadas, o café responde, de 1941 a
1950, por 63,9% das exportações brasileiras.
Durante o período da guerra, porém,
as vendas caíram, tanto por não ser
o café um produto de primeira necessidade quanto
pela alta dos preços, que afugentou os consumidores.
Isso desestabilizou sobremaneira a base da economia
nacional.
Em
1943, é realizada em Nova York a 3ª Conferência
Americana do Café, quando foi feito um primeiro
acordo (que durou até 1948) para se controlar
a produção. Os Estados Unidos, como
principal comprador, aplanaram as dificuldades agravadas
em conseqüência da guerra. O Brasil reduz,
então, os seus estoques, mas teve que enfrentar
o problema da elevação dos preços
do produto no mercado mundial, decorrente da política
de destruição que promoveu.
Em
22 de maio de 1946 o governo extinguiu o Departamento
Nacional do Café e, com isso, o setor passou
a exigir mudanças mais concretas, como a formulação
de políticas de longo prazo. O pleito foi atendido
alguns anos mais tarde, com a criação,
em 22 de dezembro de 1952, do IBC - Instituto Brasileiro
do Café (Decreto-Lei nº 1779). O novo
órgão tinha como principais objetivos
a promoção de pesquisas sobre o produto
na área rural, o seu barateamento no mercado
interno e a melhoria da qualidade. Paralelamente,
o Governo partia para intensificar a propaganda do
café no mercado interno e externo.
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Anos 50, Casa Nova
Acompanhando
ativamente todos esses movimentos de mercado, o Centro
do Comércio de Café acabou ficando fisicamente
pequeno para atender à prosperidade dos negócios
e o crescimento da atividades comerciais. Em 1951,
o Conselho Administrativo da entidade iniciou a arrecadação
de uma taxa de Cr$ 0,10 por saca de café exportado
para financiar a obra de construção
do prédio. Em outubro de 1952, foi alugado
um edifício em local adjacente, na Rua Visconde
de Inhaúma. Um mês depois, a diretoria
do Centro acertou com a empreiteira Graça Couto
os detalhes da construção do novo prédio,
no valor de Cr$ 14,9 milhões.
No dia 19 de dezembro de 1953, foi
lançada a pedra fundamental do edifício,
na Rua da Quitanda, 191. Nesse mesmo ano, o Conselho
Administrativo havia aprovado o pagamento adicional
de Cr$ 51.100 por acréscimo na construção
contratada. Um andar é destinado às
instalações do Centro e os demais são
alugados aos empresários de café.
Enquanto
o Centro erguia sua nova sede, o Governo Federal inicia
estudos de erradicação de cafezais,
temendo um surto de superprodução. O
plantio no Paraná "estourava" e a
conseqüência seria outra monumental acumulação
de estoques pelo Brasil. Até 1953 os preços
tiveram uma alta moderada, porque a procura foi parcialmente
atendida pelos estoques dos países produtores,
mas elevaram-se a partir daí, devido, inclusive,
à geada brasileira sobre a safra 1953/54. Diante
desse comportamento mundial de preços, foi
criada a OIC - Organização Internacional
do Café, em janeiro de 1958.
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