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Perspectiva Histórica
Evolução da Produção
Participação do Porto do Rio na Exportação de Café

 

 

 

 

 

 


O agronegócio Café, representado nesse
painel que integra o acervo da entidade

 

 

 

 


Guilherme Braga, presidente do CCCRJ:
"Nosso compromisso é fazer com que o café
continue sendo uma riqueza nacional"

 

 

 

 


Bolsa do Café

 

 

 

 

 

100 Anos que Fizeram a História
O Café, do Rio para o Brasil e o Mundo
Uma Cidade, uma Baía, um Porto...
A Ousadia Continua
O Orgulho da Grandeza do Café

Findos os seus primeiros 100 anos, o Centro do Comércio de Café do Rio de Janeiro demonstra fôlego e garra para enfrentar, com o mesmo pulso firme e ideal, esse novo século que se inicia. E com uma vantagem adicional sobre as dez décadas anteriores: a experiência e o conhecimento adquiridos nesse longo período, em que não só o café e o comércio exportador, mas o mundo inteiro, viveram momentos alternados de notável prosperidade e de grandes crises.

A reforma estatutária ocorrida no início de 2000, que estabelece novas atribuições à entidade - como o revigoramento das exportações pelo porto do Rio e ações de caráter institucional, por meio de convênios com escolas e universidades -, comprova essa disposição do CCCRJ de se manter atualizado para absorver e superar obstáculos da classe, e de buscar permanentemente novos horizontes e oportunidades de atuação.

"A administração patrimonial imprimida ao centro, nos anos recentes, baseada em critérios técnicos e empresariais, assegurou a recuperação e o fortalecimento econômico da entidade. Porém, a preservação da instituição exigia muito mais", explica o exportador Guilherme Braga Abreu Pires Filho, presidente do CCCRJ (terceiro mandato), dizendo que não teria coerência buscar justificar e manter viva a entidade apenas a partir de seu patrimônio como fator agregador. "Era urgente encontrar novas opções e novos caminhos de atuação, que estimulassem e dessem razão de ser à existência, voltando a unir os seus associados em torno de ideais e de questões de interesse mútuo. Sem isso, poderia se ter uma entidade rica, mas sem sentido e identidade comum".

:. Participação ativa

Um dos principais compromissos do CCCRJ, segundo seu presidente, é justamente fazer com que o café continue sendo uma riqueza nacional. "Em todos esses anos não houve - e não há - nenhum produto tão importante para a economia brasileira quanto o café. E nós temos que continuar trabalhando para que ele possa continuar a ser uma atividade geradora de renda, de riqueza e de empregos. E é função das entidades de classe, além de cuidar de aspectos de aprimoramento das estruturas, com a modernização permanente das atividades, defender institucionalmente a cultura cafeeira", define.

Nesse sentido, o incremento das exportações de café pelo porto do Rio está entre as prioridades atuais da entidade. Trata-se de um trabalho que vem sendo realizado desde meados dos anos 90, e que já colhe os primeiros resultados. Antes da década de 80, o porto detinha cerca de 20% das exportações. Na década de 80, caiu para 2% ou 3%, e hoje voltou para cerca de 15% a 16%. "Nós montamos toda uma estrutura para o café, com um bom sistema de controle. Foi uma iniciativa nossa como uma prestação de serviço para o café, para o Estado e para a própria cidade. E o próprio porto de beneficiou muito, porque atraiu linhas de navegação que não aportavam aqui", diz Braga.

Outro projeto em andamento no CCCRJ, e que integra as recentes reformas de seus estatutos, é o chamado Centro de Memória e Referência de Café. "A idéia é fazermos um ambiente cultural em torno do café, onde inclusive consigamos interligar todas as bibliotecas de café do País", explica Guilherme Braga, acrescentando que também querem organizar, dentro desse projeto (que deve ser autofinanciado), programas específicos para estudantes, com temas variados sobre café, como lavoura e combate a broca, por exemplo, além de cursos na área de comércio internacional.

:. O surgimento de uma classe

A preocupação, segundo Guilherme Braga, é capacitar cada vez mais os agentes do comércio exportador, uma profissão que surgiu no Brasil em paralelo ao crescimento das próprias exportações de café, juntamente com o CCCRJ, no início do século XX.

"Por isso, para se entender a importância da entidade e do comércio de café, é imprescindível que se tenha total percepção da história do café e do desenvolvimento da atividade exportadora no País", sintetiza Braga. "Estamos próximos de completar 300 anos de café no Brasil", lembra ele, salientando que, sem dúvida, "os últimos 100 anos foram o período mais auspicioso e áureo do café. Foi o período em que o produto teve uma importância social e econômica indiscutível, tendo sido o responsável pelo desbravamento da fronteira agrícola pela geração do potencial do desenvolvimento econômico brasileiro", diz.

Segundo Braga, quando o Centro do Comércio de Café foi criado, vivia-se um momento muito especial dessa história. A produção de café, que surgiu no Rio de Janeiro como cultura economicamente importante para o País, estava migrando para outras regiões. Mas, mesmo não sendo mais o maior produtor, o Estado detinha uma grande importância comercial - possuía a Bolsa do Café, a primeira do Brasil, e toda a estrutura portuária - e ainda contava com o prestígio e o peso político de ser a sede do governo federal.

Nessa época, a atividade comercial era feita praticamente pelos lavradores que, em carros de boi, levavam seus cafés para serem vendidos no Rio. Porém, mesmo incipiente, já começava a haver uma certa especialização da atividade - o que se concretizaria a partir dos anos 30, com a instalação de grandes casas inglesas e alemãs, marcando o surgimento da figura do exportador.

"O Centro do Comércio do café, na verdade, se antecipou ao seu próprio tempo", define Braga, justificando a importância da entidade no surgimento do que viria a ser o profissional do comércio de café. "As casas inglesas que se instalaram no Brasil, por exemplo, além da própria vocação, trouxeram consigo toda a sua tradição e experiência comercial". Uma características que muito influenciou o comércio exportador nacional foi, por exemplo, a forma com que atuavam, privilegiando a interiorização, ou seja, possuíam postos de compra nas próprias regiões produtoras e ainda beneficiavam o produto.

Ao ser criado, portanto, o CCCRJ passou a incorporar todas essas tendências de mercado, atendendo à necessidade prioritária de auto-ordenamento do setor e de defesa dos interesses das pessoas ligadas ao café. "Foi uma iniciativa própria, realizada com recursos dos associados, sem nenhuma ajuda do governo", define Braga que, aliás, credita como fator determinante para o sucesso da entidade o fato dela ter sido criada antes da efetiva interferência estatal no mercado de café.



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